CONFORTO TÉRMICO DE TRABALHADORES RURAIS DURANTE A COLHEITA DO TABACO
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2020v14n3p299-308Palavras-chave:
Fumicultor, Ãndices de conforto térmico, Qualidade de vidaResumo
A cultura do tabaco é desenvolvida principalmente em propriedade familiar por necessitar de mão-de-obra intensiva e pouco mecanizada. O presente trabalho tem como objetivo investigar o conforto térmico de trabalhadores rurais durante a colheita do tabaco, utilizando os índices de conforto térmico: Índice de temperatura e umidade (ITU) e Temperatura Equivalente de Windchill (Twc), na região do Vale do Rio Pardo – RS. Para isso, primeiramente realizou-se a coleta de informações por meio de um questionário respondido por 80 produtores rurais e, posteriormente, foi realizada uma análise bioclimática por meio do cálculo e interpretação dos índices. A análise dos índices e os tipos de desconfortos sentidos durante a colheita do tabaco relatados pelos produtores rurais, são indicativos de estresse calórico no turno de trabalho da tarde (14:00 às 19:00 h) para os meses de dezembro e janeiro. Já, para o turno de trabalho da manhã, a sensação térmica é de frio (< 15ºC), em função da velocidade do vento existente na região (>2,0 m/s). Pausas na atividade de colheita devem ser realizadas no período da tarde, em que o estresse calórico existe em função das condições meteorológicas e pode ser potencializado com estresse físico acumulado ao longo do dia de trabalho.
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