TESTES DE DETERMINAÇÃO DE PERDAS INVISÍVEIS E EFICIÊNCIA DE LIMPEZA EM COLHEITA DE CANA-DE-AÇÚCAR COM E SEM PALHA
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2007v1n2p93-102Palavras-chave:
colhedora de cana picada, extrator, mecanizaçãoResumo
No Brasil, a agroindústria canavieira processou 431,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra de 2005/2006. Atualmente de 5 a 15% desta matéria-prima é perdida no campo, quando o corte é feito de forma manual ou mecanizada respectivamente. A lei estadual nº 11.241 de 19 de setembro de 2002 estabelece o prazo de até 2021 para eliminação total da queimada em áreas mecanizáveis, o que irá inviabilizar, em médio prazo, o corte manual na forma como é praticado hoje. Neste período a colheita tende a tornar-se totalmente mecanizada nas áreas passíveis de mecanização. Este trabalho quantificou as perdas impossíveis de serem levantadas diretamente no campo (perdas invisíveis) e a eficiência de limpeza da cana processada pelas colhedoras de cana picada, comparando os resultados de cana com folhas e ponteiro e sem folhas e despontadas durante o processamento. Mantendo-se a colhedora sob condições controladas, os ensaios foram realizados em um galpão de manutenção de máquinas da Usina São João/Araras-SP. Nos ensaios de perdas invisíveis foram utilizadas canas limpas (desfolhadas e despontadas) e canas com folhas e pontas. As perdas invisíveis nos sistemas de colheita variaram de 1,2 a 2,4%, sendo maiores na cana de açúcar com palha. A eficiência de limpeza da matéria prima não mostrou diferenças estatisticamente diferentes nas rotações testadas, mas ficou entre 74 e 80% e no geral as perdas e a eficiência de limpeza foram maiores na maior rotação do ventilador do extrator (1350 rpm).
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