USO NÃO AGRÍCOLA DO SOLO: A TINTA DE TERRA COMO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SUSTENTÁVEL

Autores

  • A. F. M. Vital
  • F. L. Cavalcante
  • J. M. M. Araújo
  • I. S. Barbosa
  • D. S. Oliveira
  • G. H. Azevedo

DOI:

https://doi.org/10.18011/bioeng2018v12n2p144-151

Palavras-chave:

Solo, Tinta de terra, Ecotecnologia, Geotinta

Resumo

A exploração indiscriminada dos recursos naturais direciona o mercado a buscar novas tecnologias como alerta à possível escassez de materiais. No contexto da construção a utilização de novas alternativas para pintura é uma urgência e o uso da tinta a base de terra é uma alternativa inovadora, econômica e viável, considerando o apelo socioambiental da proposta. O trabalho objetiva apresentar a percepção de agricultores sobre a pintura com tinta de terra, como ecotecnologia social para a valorização das potencialidades não agrícolas do solo e oportunidade de geração de trabalho e renda. As atividades aconteceram numa associação rural do Cariri paraibano. Inicialmente foi aplicado um questionário semiestruturado para verificar o entendimento dos participantes sobre a morfologia e uso não agrícola do solo. A seguir realizou-se a oficina de pintura com terra (geotinta). Os resultados apresentam a ausência de conceitos sobre as características do solo e suas potencialidades não agrícolas. Após a oficina a percepção dos agricultores mudou e estes revelaram-se entusiasmados pela tinta de terra, como inovação para pintura da casas e como oportunidade de agregar renda pelo artesanato. Evidencia-se a geotinta como possibilidade para disseminação de conceitos sobre o solo, promoção de posturas sustentáveis e ecotecnologia para inovação.

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Publicado

28-06-2018

Como Citar

Vital, A. F. M., Cavalcante, F. L., Araújo, J. M. M., Barbosa, I. S., Oliveira, D. S., & Azevedo, G. H. (2018). USO NÃO AGRÍCOLA DO SOLO: A TINTA DE TERRA COMO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SUSTENTÁVEL. Revista Brasileira De Engenharia De Biossistemas, 12(2), 144–151. https://doi.org/10.18011/bioeng2018v12n2p144-151

Edição

Seção

Regular Section