EMERGÊNCIA DO MARACUJAZEIRO-AMARELO SOB ESTRESSE SALINO EM DIFERENTES SUBSTRATOS
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2016v10n1p27-36Palavras-chave:
Qualidade da água para irrigação, condutividade elétrica, textura do soloResumo
A salinidade constitui-se um dos principais problemas que afetam a produtividade das culturas em regiões áridas e semiáridas. Diante disso, objetivou-se com o presente estudo, avaliar os efeitos da salinidade da água de irrigação e de dois substratos na emergência do maracujazeiro-amarelo. O experimento foi conduzido em condições de laboratório e campo na região de Sobral-CE. Adotou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, em esquema de análise fatorial 5 x 2, referente aos efeitos da salinidade da água de irrigação (0,27; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5 dS m-1) em dois substratos: esterco bovino + areia (S1) e somente esterco bovino (S2) com quatro repetições, totalizando 40 parcelas experimentais. As variáveis analisadas foram: primeira contagem, percentagem de emergência, índice de velocidade de emergência e tempo médio de emergência. De posse dos resultados, verificou-se que a emergência das sementes de maracujazeiro-amarelo não foi influenciada pelos substratos avaliados. As sementes de maracujazeiro-amarelo toleraram os sais apenas até 1,5 dS m-1.
Downloads
Referências
ARAÚJO, W. L.; SOUSA, J. R. M.; JÚNIOR, J. R. S.; ALEIXO, D. L.; PEREIRA, E. B. Produção de mudas de maracujazeiro-amarelo irrigadas com água salina. Agropecuária científica no semiárido, Patos, v. 9, n. 4, p. 15-19, 2013.
AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. A qualidade da água na agricultura. Campina Grande: Universidade Federal da Paraíba, 1999. 153p. Estudos FAO: Irrigação e Drenagem, 29.
BESERRA, M. A. F.; PEREIRA, W. E.; BESERRA, F. T. C.; CAVALCANTE, L. F.; MEDEIROS, S. A. S. Água salina e nitrogênio na emergência e biomassa de mudas de maracujazeiro amarelo. Revista Agropecuária Técnica, v. 35, n. 1, p 150–160, 2014.
BEZERRA, E. A salinização de solos aluviais em perímetros irrigados no Estado do Ceará. Fortaleza: DNOCS, 2006. 136p
BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA. Regras para análise de sementes. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: MAPA/ACS, 395 p. 2009.
CAVALCANTE, L. F.; RODOLFO JÚNIOR, F.; SÁ; J. R.; CURVELO, C. R. S.; MESQUITA, E. F. Influência da água salina e matéria orgânica no desempenho do maracujazeiro amarelo e na salinidade do substrato. Irriga, Botucatu, v. 12, n. 4, p. 505-518, 2007.
CAVALCANTE, L. F.; SOUSA, G. G. de; GONDIM, S. C.; FIGUEUREDO, F. L.; CAVALCANTE, I. H. L.; DINIZ, A. A. Crescimento inicial do maracujazeiro amarelo manejado em dois substratos irrigados com água salina. Irriga, Botucatu, v. 14, n. 4, p. 504-517, 2009.
DAN, L. G. de M.; DAN, H. de A.; BARROSO, A. L. de L.; BRACCINI, A. de L. Qualidade fisiológica de sementes de soja tratadas com inseticidas sob efeito do armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 32, nº 2, p. 131-139. 2010.
EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro. 2. ed. rev. Atual. EMBRAPA, 1997. 212p.
FAO. Global network on integrated soil management for sustainable use of salt-affected soils. 2005. Disponível em: http://www.fao.org/ag/AGL/agll/spush. Acesso em setembro de 2010.
FERREIRA, P.A.; GARCIA, G.O.; NEVES, J.C.; MIRANDA, G.V.; SANTOS, D.B. Produção relativa do milho e teores folheares de nitrogênio, fósforo, enxofre e cloro em função da salinidade do solo. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v.38, n.1, p.7-16, 2007.
FREIRE, M. B. G. dos S.; RUIZ, H. A.; RIBEIRO. M. R.; FERREIRA, P. A.; ALVAREZ, V. V. H.; FREIRE, F. J. Condutividade hidráulica de solos de Pernambuco em resposta a condutividade elétrica e RAS da água de irrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.7, p.45 - 52, 2003a.
FREIRE, M. B. G. dos S.; RUIZ, H. A.; RIBEIRO. M. R.; FERREIRA, P. A.; ALVAREZ, V. V. H.; FREIRE, F. J. Estimativa do risco de sodificação de solos de Pernambuco pelo uso de águas salinas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.7, p. 227 - 232, 2003b.
FREITAS, R. S.; FILHO, J. A.; FILHO, E. R. M. Efeito da salinidade na germinação e desenvolvimento de plantas de meloeiro. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Mossoró, v.1, n.2, p. 113-121, 2006.
FUNCEME. Disponível em: http://www.funceme.br/index.php/areas. Acesso em: 17 de fevereiro de 2016.
FURTADO, F.R.; MANO, A.R.O.; ALVES, C.R.; FREITAS, S.M.; FILHO, S..M. Efeito da salinidade na germinação de sementes de algodão. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v.38, n.2, p.224-227, 2007.
GURGEL, M. T.; MEDEIROS, J. F. de; NOBRE, R. G.; CARDOSO NETO, F.; SILVA, F. V. da. Evolução da salinidade no solo sob cultivo de melão irrigado com águas de diferentes salinidades. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Belo Horizonte, v. 3, n°. 3, 2° semestre, 2003.
LABORIAL, L. G.; VALADARES, M. B. On the germination of seeds of Calotropis procera. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v.48, p.174-186. 1976.
MAGUIRE. J. D. Speeds of germination-aid selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, p. 176-177. 1962.
MARTINS, C. C.; NAKAGAWA, J. & BOVI, M. L. Efeito da posição da semente no substrato e no crescimento inicial das plântulas de palmito-vermelho (Euterpe espiritosantensis Fernades - Palmae). Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.21, p.164-173. 1999.
MOTERLE, L.M.; LOPES, F.C.; BRACCINI, A.L.; SCAPIM, C.A. Germinação de sementes e crescimento de plântulas de cultivares de milho-pipoca submetidas ao estresse hídrico e salino. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.28, n.3, p.169-176, 2006.
RHOADES, J. D. Eletrical conductividy methods for measuring and mappimg soil salinity. Advanges in Agronomy, v. 49, n. 1, p. 201-251. 1994.
RIBEIRO, A. A.; FILHO, M. S.; MOREIRA, F. J. C.; MENEZES, A. S.; BARBOSA, M. C. Efeito da salinidade no crescimento inicial do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis sims. f. flavicarpa deg.). Revista Agrogeambiental, Pouso Alegre, v. 6, n. 3, 37-44, 2014.
RIBEIRO, A.A.; SALES, M. A. L.; ELOI W. M.; MOREIRA, F. J. C.; SALES, F. A. L. Emergência e crescimento inicial da melancia sob estresse salino. Revista brasileira de Engenharia de biossistemas, Tupã, v.6 n.1, p. 30-38, Jan/Abr., 2012.
RICHARDS, L. A. Diagnosis and improvement of saline and alkali soils. Washington: United States Salinity Laboratory, 160p. 1954.
SANTANA, M. J.; CARVALHO, J. A.; SOUZA, K. J.; SOUSA, A. M. G.; VASCONCELOS, C. L.; ANDRADE, L. A. B. Efeitos da salinidade da água de irrigação na brotação e desenvolvimento inicial da cana-de-açúcar (Saccharum spp) e em solos com diferentes níveis texturais. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.31, p.1470-1476, 2007.
SILVA, F. A. S.; AZEVEDO, C. A. V. Principal components Analysis in the Software Assistat- Statistical Attendance.In: WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN AGRICULTURE, 7, 2009, Anais… Reno (NVUSA): American Society of Agricultural and Biological Engineers, 2009. p. 432.
SILVA, M.O.; FREIRE, M.B.G. dos S.; MENDES, A.M.S.; FREIRE, F.J.; SOUSA, C.E.S.; GÓES, G.B. Crescimento de meloeiro e acúmulo de nutrientes na planta sob irrigação com águas salinas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.12, p.593-605, 2008.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2006. 719p.
VERSLUES, P.E.; AGARWAL, M.; KATIYARAGARWAL, S.; ZHU, J.; ZHU, J.K. Methods and concepts in quantifying resistance to drought, salt and freezing, abiotic stress that affect plant water status. The Plant Journal, v. 45, p. 523-539, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 A. A. Ribeiro, F. J. C. Moreira, M. Seabra Filho, A. S. Menezes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.