ASPECTOS QUALITATIVOS DA ÁGUA SUBTERRÂNEA DE POÇOS TUBULARES EM CAMPO GRANDE – MS

J. M. Cardoso; J. M. M. Bega; J. N. de Oliveira; J. H. P. Américo-Pinheiro

doi:10.18011/bioeng2020v14n2p85-100

Autores

J. M. Cardoso
J. M. M. Bega
J. N. de Oliveira
J. H. P. Américo-Pinheiro

DOI:

https://doi.org/10.18011/bioeng2020v14n2p85-100

Palavras-chave:

recursos hídricos, hidrogeologia, poluição urbana

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água subterrânea outorgada do município de Campo Grande – MS, mais precisamente os seguintes parâmetros: potencial hidrogeniônico, turbidez, nitrato, nitrito, sulfato e coliformes termotolerantes. Para tanto, utilizou-se como fonte dos dados o Sistema IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) de Registros e Informações Estratégicas do Meio Ambiente, pelo qual se realiza todo o procedimento de solicitação e análise de outorga. Foram criados mapas de interpolação pelo método da Ponderação de Distância Inversa (IDW), o qual utiliza valores conhecidos para estimar valores desconhecidos para melhor representar espacialmente a possível concentração dos parâmetros analisados. Alguns parâmetros apresentaram alterações que variaram de acordo com a localização dos poços, zona rural ou urbana, como a concentração de nitrato na água de seis poços correspondente a teores acima de 10 mg/L. De modo geral, segundo a Resolução CONAMA nº 396 de 2008, para os parâmetros avaliados, considera-se a água de Campo Grande de boa qualidade para uso recreativo e de qualidade relativamente boa para o consumo humano, pois há parâmetros em desacordo com a Portaria de Consolidação nº 5 de 2017.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater. USA, editor: APHA, 2005.

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater. USA, editor: APHA, 2012.

BATEZELLI, A. Arcabouço tectono-estratigráfico e evolução das Bacias Caiuá e Bauru no sudeste brasileiro. Revista Brasileira de Geociência v. 40, n. 2, p. 265-285, 2010.

BRASIL. Decreto nº 79.367 de 9 de março de 1977. Dispõe sobre normas e o padrão de potabilidade de água e dá outras providências. Brasília, DF, 1977. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D79367.htm. Acesso em: 10 jan. 2019.

CAMPOS, H. C. N. S. Águas subterrâneas na Bacia do Paraná. Geosul, v. 19, n. 37, p. 47-65, 2004.

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM. Mapa geológico do Estado de Mato Grosso do Sul. Escala 1:1.000.000. Serviço Geológico do Brasil. Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Campo Grande, MS, 2006.

CORCÓVIA, J. A.; CELLIGOI, A. Avaliação preliminar da qualidade da água subterrânea no município de Ibiporã – PR. Revista de Estudos Ambientais, v. 14, n. 2, p. 39-48, 2012.

CORDANI, U. G.; VANDOROS, P. Basaltics rocks of the Paraná Basin: problems in brazilian gondwana geology. Boletim Paranaense de Geografia, v. 21, n. 22, p. 207-231, 1967.

FERNANDES, L. A.; BRANCO, H. C. Calcretes neocretácicos da Formação Marília, Bacia Bauru. In: DIAS-BRITO, D.; TIBANA, P. Calcários do Cretáceo do Brasil: um atlas. Rio Claro: Unesp-IGCE-UNES-Petro, p. 481-496, 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Informações

completas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, 2015.

LU, G. Y.; WONG, D. W. An adaptive inverse-distance weighting spatial interpolation technique. Computers and Geosciences, v. 34, p. 1044-1055, 2008.

LUZ, R. B. L.; STAGGEMEIER, R.; FRATTA, L. X. S; LONGO, L.; SCHUTZ, R.;

SOLIMAN, M.C.; KLUGE, M.; FABRES, R. B.; SCHENKEL, G. C.; BRUNI, F. P.;

FLECK, J. D.; PICOLI, S. U.; SPILKI F. R. Contaminação viral e bacteriana em águas subterrâneas na porção aflorante do Aquífero Guaraní, município de Ivoti, RS. Ambiente & Água, v. 12, n. 5, p. 871-880, 2017.

MALHEIROS, P. S.; SCHAFER, D. F.; HERBERT, I. M.; CAPUANI, S. M.; SILVA, E. M.; SARDIGLIA, C. U.; SCAPIN, D.; ROSSI, E. M.; BRANDELLI, A. Contaminação bacteriológica de águas subterrâneas da região Oeste de Santa Catarina, Brasil. Revista do Instituto Adolf Lutz, v. 68, n. 2, p. 305-308, 2009.

MATO GROSSO DO SUL. Constituição [1989]. Constituição do Estadual de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS, 1989.

MATO GROSSO DO SUL. Resolução SEMADE Nº 21 de 27 de novembro de 2015. Estabelece normas e procedimentos para a Outorga de Uso de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Campo Grande, MS, 2015a.

MATO GROSSO DO SUL. Resolução SEMADE Nº 11 de 1 de junho de 2015. Dispõe sobre a obrigatoriedade do credenciamento de laboratórios que prestam serviços ambientais junto ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL e estabelece as instruções gerais, procedimentos e critérios técnicos para esse credenciamento. Campo Grande, MS, 2015b.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Diagnóstico hidrogeológico do estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS, 66 p., 2008.

PAULI, A. R.; QUIÑONES, F. R. E.; PALÁCIO, S. M.; MARIN, P.; OLIVEIRA, S. P.

D.; COLOMBO, A. Avaliação da qualidade da água subterrânea utilizada para consumo humano na região rural do munícipio de Toledo-PR. In: Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, Anais [...] São Paulo: [s. n.], 2014.

PLANURB. Plano diretor de desenvolvimento urbano ambiental de Campo Grande. Campo Grande, MS, 2017.

SANTOS, A. C. Hidrogeologia: conceitos e aplicações. 3ed. Rio de Janeiro: CPRM; Recife: LABHID, 812 p., 2008.

TAHAL CONSULTING ENGINEERS LTD. Empresa de saneamento de Mato Grosso do Sul S.A. – SANESUL. Estudos Hidrogeológicos de Mato Grosso do Sul – Relatório Final. Campo Grande, 736 p., 1998.

UECHI, D. A.; GABAS, S.G; LASTORIA, G. Análise de metais pesados no Sistema Aquífero Bauru em Mato Grosso do Sul. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 22, n. 1, p. 155-167, 2017.

VARNIER, C.; IRITANI, M. A.; VIOTTI, M.; ODA, G. H.; FERREIRA, L. M. R. Nitrato nas águas subterrâneas do Sistema Aquífero Bauru, área urbana do município de Marília (SP). Revista do Instituto Geológico, v. 31, n. 1-2, p. 1-21, 2010.