PROCESSAMENTO DE CASCA E FIBRA DE COCO VERDE POR CARBONIZAÇÃO PARA AGREGAÇÃO DE VALOR
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2009v3n1p21-30Palavras-chave:
pirólise lenta, carbonização, resíduos de cocoResumo
Atualmente o Brasil é o maior produtor de coco verde, com uma área plantada equivalente a 57 mil hectares, onde a maior parte da parte da produção (66,5%) se concentra na região Nordeste. O descarte do coco depois do consumo da água representa um problema para os sistemas de coleta e tratamento de lixo, pela sua lenta degradação devido ao alto teor de fibras. Neste trabalho são mostrados os resultados da pirólise lenta da fibra e da casca do coco verde. Os experimentos foram conduzidos em um forno experimental de pequena capacidade, a uma temperatura de 350°C. Os resultados mostraram que o rendimento em carbono fixo foi de 74,43% para o endocarpo verde e 58,07% para o mesocarpo verde. O teor de cinzas, para as mesmas amostras, foi de 14,13% e 13,03%, respectivamente. Os teores de voláteis foram de 11,40% para o carvão obtido do endocarpo verde e, de 28,90% para o carvão obtido do mesocarpo verde. Ficou demonstrado que o resíduo do coco verde apresenta potencial para a produção de carvão vegetal. Porém ainda é preciso estudar o rendimento, utilizando para isto, sistemas em maior escala, avaliando também o emprego integral (casca e fibra), além de estudos econômicos que considerem os custos de logística e acondicionamento.
Palavras Chaves: pirólise lenta, carbonização, resíduos de coco.
Downloads
Referências
CARRIJO, O.A.; LIZ, R.S.; MAKISHIMA, N. Fibrada casca do coco verde como substrato agrícola.Horticultura Brasileira, Brasília, DF, v. 20, n. 4, p.533-5, dezembro 2002.
CORTEZ L. A. B., LORA E. E. S., CASTAÑEDA,J. A. Biomassa no Brasil e no mundo. In:CORTEZ, L. A. B.; LORA, E. E. S. e OLIVAREZGÓMEZ, E. Biomassa para energia. Campinas:Editora da Unicamp, 2008. Cap. 13, p. 435 a 473
EMBRAPA. Tecnologia para o aproveitamento dacasca de coco verde é mostrada na Amazontech2004. Disponível em: http://www.embrapa.gov.br/imprensa/noticias/2004/agosto/bn.2004-11-25.2909531514/,Acesso em: 6 mai. 2009
ERHARDT, T.; BLUMCKE, A.; BURGER, W.;MARKLIN, M.;QUINZLER, G. Curso técnico têxtil:física e química aplicada, fibras têxteis, tecnologia.São Paulo: EPU / EDUSP; 1976. v. 1 , 88 p.
ELFLI F. F., LUENGO C.A, BEATON P, SUAREZA. Efficiency test for bench unit torrefaction andcharacterization of torrefied biomass. 4.ed. In:BIOMAS CONFERENCE OF AMERICAS, 4.,1999, California. Proceedings...California:Pergamon Press, 1999. Vol 1, p. 589-592.
NOGUERA, P; ABAD, M; NOGUERA, V;PURCHADES, R; MAQUIERA, A. Coconut coirwaste, a new and viable ecologically-friendly peatsubstitute. Acta Horticulturae, Leuven, BE, p. 279-286. 2000
RAVEENDRAN, K. A., GANESH, A. e KHILAR,C. Pyrolysis characteristics of biomass andbiomass components. Fuel: the science andtechnology of fuel and energy, Elsevier, vol. 75,nov., p. 987-997, 1996
RIZZETI, T. M.; Diniz J.; Cardoso, A. L.; Villetti M.A.; Martins A. F.; Martini P. R. R.; Rambo, M. K.D.; Belivaqua, D. B. Poder calorífico de bio-óleoe carvão da pirólise de biomassas residuais. In:ENCONTRO DE QUÍMICA DA REGIÃO SUL, 16,novembro de 2008. Anais... Rio de Janeiro,UERJ, 2008.Disponível em http://www.furb.br/temp_sbqsul/_app/_FILE_RESUMO_CD/453.pdf. Acesso em: 21 mai. 2009
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 LUIS A. B. CORTEZ, JUAN M. M. PEREZ, JOSÉ D. ROCHA, RODRIGO A. JORDAN, HENRY R. M. MESA
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.