MONITORAMENTO ELETRÔNICO DAS RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DE VACAS EM LACTAÇÃO ALOJADAS EM FREESTALL CLIMATIZADO

Autores

  • Soraia V. Matarazzo Pesquisador Científico, Dr., Centro APTA Bovinos de Leite – Instituto de Zootecnia, Nova Odessa-SP
  • Iran J. O. Silva Engenheiro Agrícola, Prof. Dr., Departamento de Engenharia Rural, ESALQ/USP, Piracicaba, SP
  • Maurício Perissinoto Engenheiro Agrônomo, MSc, Departamento de Engenharia Rural, ESALQ/USP, Piracicaba, SP
  • Sérgio A. Fernandes Zootecnista, Prof. Adjunto, Departamento de Tecnologia e Rural e Animal, UESB, Itapetinga, BA
  • Daniella J. Moura Engenheira Agrônoma, Profa. Drª., Departamento de Construções Rurais, FEAGRI/UNICAMP, Campinas, SP.
  • Irineu Arcaro Júnior Doutor em Engenharia Agrícola, Instituto de Zootecnia, Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Capta Bovinos Leiteiros, Nova Odessa-SP
  • Juliana R. P. Arcaro Doutora em Engenharia Agrícola, Instituto de Zootecnia, Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Capta Bovinos Leiteiros, Nova Odessa-SP

DOI:

https://doi.org/10.18011/bioeng2007v1n1p40-49

Palavras-chave:

Resfriamento evaporativo, área de descanso, comportamento, bovinos leiteiros

Resumo

O trabalho teve como objetivo empregar o monitoramento eletrônico para avaliar as respostas comportamentais de vacas em lactação alojadas em freestall climatizado. Quatro vídeo-câmeras foram instaladas em cada tratamento, nos locais estratégicos do freestall, de modo a capturar, em tempo real o deslocamento dos animais. O experimento teve duração de 28 dias consecutivos do mês de novembro de 2003, no qual as imagens foram gravadas durante sete dias, no intervalo das 9 às 17 horas. Foram utilizadas 15 vacas em lactação, multíparas, com produção média de 20 kg de leite dia-1. Os tratamentos adotados foram: ausência de ventilação (V0), ventilação (V) e ventilação + nebulização (VN) posicionados na área de descanso dos animais. Os dados referentes à temperatura do bulbo seco (TBS) e umidade relativa do ar (UR) foram mensurados a cada 15 minutos ao longo das 24 horas no interior da instalação e no ambiente externo. A UR mostrou-se mais elevada nos tratamentos V0 (61,8%) e VN (61,8%) quando comparada ao tratamento V(60,3%). O THI mostrou-se mais elevado em V (75,0), quando comparado ao tratamento V0 (74,5) e VN (74,3). Os animais submetidos ao tratamento V (108,3 min) passaram mais tempo na área de alimentação quando comparados com V0 (60,7 min) e VN (72,5 min). Os animais do tratamento V (19,3 min) permaneceram um período maior na área do bebedouro em relação a V0 (8,3 min) e VN (12,7 min) que não diferiram entre si. Foram observadas diferenças na preferência pelo lado da instalação. A área de descanso apresentava camas adjacentes à área de alimentação e adjacentes ao bebedouro. As vacas dos tratamentos V0 (189,0 min) e V (167,3 min) permaneceram maior tempo nas camas adjacentes à área de alimentação. Por outro lado, as vacas do tratamento VN (164,0 min) passaram mais tempo nas camas adjacentes a área do bebedouro em relação aos animais do tratamento V (26,7 min). Foi constatado maior tempo em pé no corredor próximo ao bebedouro para as vacas do tratamento VN (35,0 min). Esses resultados permitem inferir que as diferenças verificadas na distribuição espacial dos animais no freestall foram sempre associadas à busca pelo recurso de climatização disponível.

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Publicado

03-11-2007

Como Citar

Matarazzo, S. V., Silva, I. J. O., Perissinoto, M., Fernandes, S. A., Moura, D. J., Arcaro Júnior, I., & Arcaro, J. R. P. (2007). MONITORAMENTO ELETRÔNICO DAS RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DE VACAS EM LACTAÇÃO ALOJADAS EM FREESTALL CLIMATIZADO. Revista Brasileira De Engenharia De Biossistemas, 1(1), 40–49. https://doi.org/10.18011/bioeng2007v1n1p40-49

Edição

Seção

Regular Section