FLORÍSTICA E ESTRUTURA EM ÁREA DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL NA REGIÃO DO ALTO URUGUAI, RS

Autores

  • F. R. Lambrecht
  • J. P. Dallabrida
  • J. W. Trautenmüller
  • L. de Carli
  • M. R. B. Burgin
  • F. de O. Fortes

DOI:

https://doi.org/10.18011/bioeng2016v10n2p198-209

Palavras-chave:

fitossociologia, diversidade, estrato arbóreo

Resumo

          O trabalho teve como objetivos realizar a análise florística das estruturas horizontal e vertical em um fragmento de Floresta Estacional Decidual (FED) na região do Alto Uruguai, em Frederico Westphalen, RS, Brasil. Foi realizado um censo em uma área amostral de 10.000 m², subdividida em 100 subparcelas de 10x10 m. Realizou-se a mensuração e a identificação de todos os indivíduos de espécies arbóreas com circunferência a altura do peito (CAP)≥ 31,4cm. Com os dados obtidos, foram realizados cálculos de densidade (D), frequência (F), dominância (Do), índice de valor de importância (IVI), índice de valor de cobertura (IVC) e a estratificação dos indivíduos. O maior número de espécies concentrou-se na família Fabaceae (10) e o maior número de indivíduos na família Meliaceae (147 ou 25,3%). Trichilia claussenii C. DC. Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez, Achatocarpus praecox Griseb. e Eugenia rostrifolia D. Legrand representaram 38,28% da densidade relativa e Holocalyx balansae Micheli, Trichilia claussenii, Nectandra megapotamica, Cordia americana (L.) Gottshling & J.E.Mill., Phytolacca dioica  L., Achatocarpus praecox, e Eugenia rostrifolia representaram 50,5% da dominância relativa. Considerando a estrutura vertical, as sete espécies mais frequentes apresentaram uma maior quantidade de indivíduos no estrato médio. Conclui-se que a área florestal encontra-se em estágio intermediário de sucessão.

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Publicado

30-06-2016

Como Citar

Lambrecht, F. R., Dallabrida, J. P., Trautenmüller, J. W., de Carli, L., Burgin, M. R. B., & de O. Fortes, F. (2016). FLORÍSTICA E ESTRUTURA EM ÁREA DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL NA REGIÃO DO ALTO URUGUAI, RS. Revista Brasileira De Engenharia De Biossistemas, 10(2), 198–209. https://doi.org/10.18011/bioeng2016v10n2p198-209

Edição

Seção

Regular Section