QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE TOMATES 'DÉBORA' TRATADOS COM ETILENO.
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2007v1n3p245-253Palavras-chave:
Lycopersicon Esculentum Mill, Amadurecimento, ArmazenamentoResumo
O tomate é uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil e o desenvolvimento de processos de manuseio pós-colheita é desejável. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade de tomates 'Débora', colhidos no estádio verde-maduro e submetidos ao tratamento com etileno. O etileno foi aplicado em fluxo dinâmico, por meio de uma mistura gasosa composta por Etil 5% e ar comprimido, à temperatura de 20±1ºC e umidade relativa de 90±5%, por 48 horas. Após a aplicação, os frutos foram armazenados sob 20±1ºC e 12,5±1ºC, juntamente com frutos controle. A periodicidade das análises deu-se de acordo com a percepção visual da mudança na coloração dos frutos. Após cada alteração no estádio de amadurecimento dos frutos, determinou-se a coloração (a*/b*), perda de massa, relação brix/acidez e ácido ascórbico. Por meio dos resultados observou-se que frutos tratados com etileno apresentaram maior uniformidade na coloração e amadureceram mais rapidamente, assim como apresentaram maiores valores para a relação brix/acidez com o amadurecimento. Maiores porcentagens de perda de massa foram obtidas por frutos armazenados à 20ºC. De um modo geral, a aplicação de etileno e a temperatura de armazenagem não influenciaram nos teores de ácido ascórbico. Do exposto, conclui-se que a utilização de etileno para o amadurecimento de tomates 'Débora' é potencialmente factível.
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