ESTIMATIVA DE PERDA DE CALOR SENSÍVEL SOB ESTRESSE POR FRIO EM CORDEIROS CONFINADOS
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2010v4n2p135-143Palavras-chave:
energia metabolizável, ovinos, termografiaResumo
Com o objetivo de estimar a perda de calor sensível em cordeiros em confinamento e quantificar a energia metabolizável utilizada para manutenção da temperatura corporal, sob estresse térmico pelo frio, foram utilizados 24 cordeiros cruzados e não castrados, (média de 120 dias de idade, 26,3 kgde peso vivo e sob dieta com 2,94 kcal animal-1 dia de energia metabolizável). Destes, selecionou-se aleatoriamente seis animais, que foram referência para coleta dos seguintes parâmetros do ambiente de alojamento: temperatura do ar mínima e máxima, velocidade do ar, umidade relativa do ar e luminosidade. Para estimar o gasto energético foram consideradas as temperaturas superficiais médias das regiões de cabeça, orelhas e pernas, obtidas com o auxilio da câmara termográfica infravermelho e respectivo software. Durante o período foi verificado que a temperatura ambiente ficou abaixo da zona de conforto térmico e que a temperatura superficial corporal média dos cordeiros foi de 11,48 ± 0,92 °C, indicando que houve uma interação entre os parâmetros climáticos avaliados, promovendo o resfriamento do ambiente e influenciando na redução da temperatura superficial. A dissipação total de calor sensível por animal nas partes analisadas foi de 39,18 W, o que corresponde ao consumo de 0,388 kcal 12 h-1. Constatou-se que, 26,4% da energia metabolizável diária ingerida pelos cordeiros, nos dias de temperatura abaixo da zona de conforto térmico, foi utilizada para termogênese. Contudo, foi verificado que, por estarem abaixo da zona de conforto térmico, os cordeiros dissiparam o calor sensível por convecção e radiação, utilizando parte da energia metabolizável da dieta para manter a temperatura corporal, situação que pode acarretar perdas econômicas para a produção.
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