ESTUDOS DA TOXICIDADE DO ALUMÍNIO EM VALORES DE pH 7,0 E 7,5 PARA BRASSICA OLERACEA L. E RAPHANUS SATIVUS L.
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2019v13n4p312-323Palavras-chave:
Toxicidade Al3 , meio de cultivo, pH neutroResumo
A toxicidade do alumínio tem sido verificada somente em valores de pH abaixo de 5,5 devido a solubilidade dos íons Al3+ que ocorre em meio ácido. Este trabalho teve o objetivo de estudar a toxicidade do alumínio em valores de pH 7,0 para a espécie Raphanus sativus L. (rabanete) e 7,5 para a Brassica oleracea L. (couve) com a finalidade de verificar se em tais valores de pH o alumínio não apresentava efeitos deletérios observáveis. Foi utilizada uma metodologia em que o meio de cultivo continha sementes como organismos testes e um rígido controle dos valores de pH. Os ensaios toxicológicos empregavam concentrações otimizadas de macro e micronutrientes necessários ao desenvolvimento das plântulas. Com o estudo foi possível verificar elevada Toxicidades Aguda e Crônica dos íons Al3+ em valores de pH 7,0 e 7,5 para as plantas estudadas, comprovando que os efeitos tóxicos do alumínio podem ser verificados também em meio de cultivo com valores de pH neutro e ligeiramente básico.
Downloads
Referências
BOCHI-SILVA, N, DOS SANTOS, E. M. R.; PELEGRINI-BRITO, N. N.; PELEGRINI, R. T.; PATERNIANI, J. E. S. Avaliação da toxicidade crônica do percolado de aterro sanitário e de substâncias químicas: fenol e cromo em sementes de: Balsamina, Dianthus caryophyllus, Celósia cristata e Celósia argenta visando o uso na agricultura de flores. Conferência Internacional em Saneamento Sustentável: Segurança alimentar e hídrica para a América Latina. ECOSAN, Fortaleza-Brasil, (2007).
BOTTA-PASCHOAL, C. M. Avaliação ecotoxicológica de sedimentos em reservatórios da bacia do rio Tietê, SP, com ênfase na aplicação do estudo de AIT – Avaliação e Identificação da Toxicidade. São Carlos. 2002. 146 p. Tese (Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. 2002.
CAIRES, E. F.; CHUEIRI, W. A.; MADRUGA, E. F.; FIGUEIREDO, A. Alterações de características químicas do solo e resposta da soja ao calcário e gesso aplicados na superfície em sistema de cultivo sem preparo do solo. Revista Brasileira Ciência do Solo, v. 22, p. 28, 1998.
DELHAIZE, E. e RYAN, P. R. Aluminum Toxicity and Tolerance in Plants. Plant Physiology, v. 107, n. 2, p. 315-321, 1995.
FAGERIA, N. K. Resposta de arroz de terras altas à correção de acidez em solo de cerrado. Pesq. agropec. bras., v.35, n.11, p.2303-2307, nov. 2000
GOLDSTEIN, G. E.; BERTOLETTI, E.; ZAGATTO, P. A.; ARAUJO, R. P. A.; RAMOS, M. L. C. Procedimentos para utilização de testes de toxicidade no controle de efluentes líquidos. CETESB, São Paulo, Série manuais, v. 6, p. 17, 1990.
HAUG, A. e VITORELLO, V. Aluminium coordination to calmodulin: Thermodynamic and kinetic aspects. Coordination Chemistry Reviews, v. 149, p. 113-124, 1996.
KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
KOCHIAN, L. V. Cellular mechanisms of aluminum toxicity and resistance in plants. Physiology and Molecular Biology of Plants, v. 46, p. 237-260, 1995.
KOYAMA H.; TODA T.; HARA, T. Brief exposure to low-pH stress causes irreversible damage to the growing root in Arabidopsisthaliana: pectin-Cainteractionmay play animportant role in protonrhizotoxicity. Journal of experimental botany, v. 52, n. 355, p. 361-368, 2001.
LIU, K. e LUAN, S. Internal aluminum block of plant inward K+ channels. PlantCell, v. 13, n. 6, p.1453-1465, 2001.
MARIANO, E. D.; JORGE, R. A.; KELTJENS, W. G.; MENOSSI, M. Metabolism and root exudation of organic acid anions under aluminium stress. Brazilian Journal of Plant Physiology, v. 17, n. 1, p. 157-172, 2005.
MARIENFELD, S. e LEHMANN, H.; STELZER, R. Ultrastructural investigations and EDX-analyses of Al-treated oat (Avena sativa) roots. Plant and Soil, v. 171, n. 1, p. 167-173, 1995.
MARIENFELD, S. e STELZER, R. X-ray microanalyses in roots of Al-treated Avena sativa plants. Journal of Plant Physiology, v. 141, n. 5, p. 569-573, 1993.
MATSUMOTO, H.; HIRASAWA, E.; TORIKAI, H.; TAKAHASHI, E. Localization of absorbed aluminum in pea root and its binding to nucleic acids. Plant and Cell Physiology, v. 17, n. 1, p. 127-137, 1976.
OWNBY, J. D. Mechanisms of reaction of hematoxylin with aluminum-treated wheat roots. Physiologia Plantarum, v. 87, n. 3, p. 371-380, 1993.
PELEGRINI, R. T.; MEDINA, A. F.; MENDES, F; MOLENA, J. C.; GREVE, L. F.; SALMAZO, L. G. S.; MILANI, P. A.; ANDRADE, P. G.; TOGNOLI, R. B. Metodología de evaluación ecotoxicológica empleando germinación de semillas en gel nutriente como medio de cultura. Rev. Ambient. Água, v. 9, n. 2, p. 359-372, 2014.
PETTERSSON, A. e BERGMAN, B. Effects of aluminum on ATP pools and utilization in the cyanobacterium Anabaenacylindrica – a model for the in vivo toxicity. Physiologia Plantarum, v. 76, n. 4, p. 527-534, 1989.
SANTOS, E. M. R.; BOCHI-SILVA, N.; BRITO-PELEGRINI, N. N.; PELEGRINI, R. T.; PATERNIANI J. E. S. Avaliação da toxicidade crônica do percolado de aterro sanitário e de substâncias químicas fenol e cobre em sementes de: Lactuca sativa L., Lycopersiconesculentum Mill. e Abelmoschusesculentus L. visando o uso na agricultura de hortaliças. Conferência Internacional em Saneamento Sustentável: segurança alimentar e hídrica para a América Latina. Fortaleza: ECOSAN, 2007.
SCHMOHL, N. e HORST, W. J. Cell wall pectin content modulates aluminium sensitivity of Zeamays (L.) cells grown in suspension culture. Plant, Cell & Environment, v. 23, n. 7, p. 735-742, 2000.
SILVÉRIO, P. F.; FONSECA, A. L.; BOTTA-PASCHOAL, C. M. R.; MOZETO, A. A. Release, biovaliability and toxicity of metals in lacustrine sediments: A case study of reservoirs and lakes in SE Brazil. Aquatic Ecosystem Health & Management, v. 8, p. 1-10, 2005.
SOARES, C. R. F. S.; ACCIOLY, A. M. A.; MARQUES, T. C. L. L. S. M.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S. Acúmulo e distribuição de metais pesados nas raízes, caule e folhas de mudas de árvores em solo contaminado por rejeitos de indústria de zinco. Revista Brasileira Fisiologia Vegetal. v.13, n.3, p.302, 2001.
SOUZA, D. S. S.; RAMOS, J. L.; DIAS, A. B.; PORTELA, A. L. R.; VILLA, F. B.; GODOY, G. B.; CRISTIANO, G. A.; GODOI, I. R.; MONTEIRO, G. J. O. F.; GABRIEL, L.; VOLPE, M. C.; NEVES,V. D. D.; SEBASTIANI, R.; R. T. PELEGRINI. Estudo da toxicidade da ureia na germinação de rabanete e couve. Brazilian Journal of Biosystems Engineering v. 13, n.3, p. 262-270, 2019.
VITORELLO, V. A.; CAPALDI, F. R.; STEFANUTO, V. A. Recent advances in aluminum toxicity and resistance in higher plants. Brazilian Journal of Plant Physiology, v. 17, n. 1, p. 129-143, 2005.
ZHAO, X-J.; SUCOFF, E.; STADELMANN, E. J. Al3+ and Ca2+ alteration of membrane permeability of Quercus rubra root cortex cells. Plant Physiology, v. 83, n. 1, p. 159-162, 1987.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.