CONTAMINAÇÕES EM CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR: UMA AVALIAÇÃO TEMPORAL
DOI:
https://doi.org/10.18011/bioeng2015v9n3p279-288Palavras-chave:
Cana-de-açucar, bactérias, leveduras, precipitaçãoResumo
A qualidade do caldo de cana-de-açúcar utilizado durante a produção de etanol é fundamental para uma produção de etanol eficiente, ausente de contaminantes químicos e biológicos que prejudicam e aumentam o custo do processo no setor sucroalcooleiro. Por conseguinte, o objetivo deste trabalho foi analisar dois períodos anuais de processamento da cana-de-açúcar em quatro anos consecutivos na determinação dos aspectos microbiológicos no caldo dentro da cuba de fermentação. Coletaram-se 100 amostras de uma usina sucroalcooleira, localizada no Estado de São Paulo, com avaliação das seguintes características: leveduras (vivas, mortas, totais e concentração), bastonetes (quantidade e concentração), brotações; brotos vivos; viabilidade do fermento e razão de contaminação. A partir dos resultados concluiu-se que o caldo da cana-de-açúcar processado e analisado em períodos de menores índices pluviométricos apresentaram maior viabilidade do fermento, menor quantidade de bactérias e, consequentemente, menor razão de contaminações. Portanto, tem-se que a elevada umidade favoreceu o acúmulo de resíduos e aumentou o potencial de contaminação. Assim, foi ressaltada a necessidade de manejo adequado da cultura a fim de minimizar perdas de rendimento na produção de etanol.
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